domingo, 30 de julho de 2017

Carta de uma mãe APLV

Querido familiar, 

Sim, meu filho tem alergia alimentar. Isso existe, não é frescura e nem invenção de "mãe doida". Não escolhi isso. Não, eu não tenho nenhuma razão pra inventar isso.
E quero que saiba que "é preciso de uma aldeia inteira pra criar uma criança" (provérbio africano), portanto preciso de você. Preciso ao menos que você entenda algumas coisas que vou dizer.

Um pouquinho que seja do alimento que ela tem alergia pode fazer um estrago bem grande na saúde dela. Alergia a leite de vaca não é a mesma coisa que intolerância à lactose. Essa confusão pode a vida de pessoas em risco. Tente lembrar disso, ficarei mais segura com você falando corretamente. 

Soube que você acha que a dieta que faço é pra emagrecer ou ter uma boa desculpa pra não frequentar a sua casa. Infelizmente não é. 

Mas se a minha presença ou da minha filha é tão importante pra você, faz assim, me acolhe. Respeita as restrições do meu filho e faça refeições em que ele possa estar incluído sem risco pra sua saúde. Assim, terei prazer em visitá-la e frequentar sua casa ao invés de sentir medo. Se você não sabe como fazer, me pergunte, ensino.

Sei que é diferente, se não quer arriscar, basta que aceite minhas marmitas e não faça cara de nojo pra minha maionese sem ovo ou minha sobremesa sem leite. São muito saborosos e você não é obrigado a comer. Só respeite. 

Substitua, além do leite e do ovo, os comentários do tipo "coitada" e "que pena", por "parabéns pela dedicação" ou até mesmo pelo silêncio, será mais útil e agradável. 

Outro dia você me disse pra desmamar, assim eu poderia comer de tudo. Eu a amamentarei até quando eu achar que devo, essa decisão é minha. Essa opinião não me ajuda. 

Não há garantia que a alergia alimentar passe. Quanto a mim, seguirei lutando pela qualidade de vida do meu filho. E finalizo perguntando e você? De que lado você quer estar? Do meu? Ou do oposto?

Mãe de um bebê com alergia alimentar 


Viagem de Carro

Engraçado, fiz parte do time que falava:

—Vão de carro? Deus me livre! Prefiro não viajar! - só mais um dos milhares de cuspe pra cima que caíram de volta no meio da minha fuça! Cá estou eu, pela 5a vez viajando de carro. Aqui um rápido parêntese: viagem grande, das que tem que dormir na estrada. 

Já contei em um post antigo do meu blogue (http://chrisdequintino.blogspot.com.br/2015/07/ferias-julho-2015-parte-i.html), como tudo começou. Elias comprando um carro grande. Bom, o fato é que acabei tomando gosto pela coisa e achando muita graça da turma do "Deus me livre viajar de carro" que já fiz parte quase que como presidente fundadora. 

Dessa vez, o destino é Minas Gerais. Cidades Históricas. Decidimos não rodar mais que 600km por dia e fazer da estrada um passeio e tem sido bem divertido. 

Peraí! Claro que tem coisa ruim. Crianças que cansam e choram. Estradas não tão boas (decepcionada), pouquíssimos postos bacanas pra parar (até agora, 4o dia, nenhum nem mais ou menos). Nesse quesito as estradas de São Paulo arrasam. Também rolam sustos na estrada e o medo, já que o Brasil é recordista em acidentes de trânsito. 

E as coisas boas? Um monte! Paisagens incríveis, longas conversas em família, filmes, livros e brincadeiras. A liberdade de ir e vir sem horários rígidos. 

O planejamento é fundamental pra que tudo dê certo. Mochila da diversão com livros, brinquedos, filmes e comidinhas. Onde parar pra dormir e o que fazer em cada cidade. 

Não, migas, não estou cuspindo pra cima de novo, ainda amo a praticidade e o conforto do avião. Mas confesso que, depois de 5 viagens seguidas sem precisar me preocupar com tamanho da mala, precisarei aprender novamente viajar com magros 23kg e voltar só com eles. Haja auto-controle! (a foto é antiga...não baixei as fotos ainda) 


sexta-feira, 26 de maio de 2017

Grávida

Sim. Estou grávida. Anuncio só agora, quase na hora de parir. Foi uma gestação silenciosa. É que gestar um livro não carece grandes anúncios.

Tudo começou em uma tarde de sábado. Era agosto de 2016, dia do almoço de aniversário da Luana, minha afilhada de Crisma, ela fazia 18 anos. Mas eu não fiquei na festa. Era também dia de culminância de um projeto literário da Escola Pedacinho do Céu da Asa Norte e uma turma fez um trabalho fantástico com o “Júlio, um dinossauro muito especial”, meu primeiro livro (http://chrisdequintino.blogspot.com.br/2017/04/o-dia-em-que-nasci-escritora.html). O evento era grande, haviam várias atividades, o que me rendeu algum tempo livre. Pronto! Peguei o celular e ali, no meio da escola, no meu bloco de notas, surgiu despretensiosamente “A Branca de Leite”. Com a história pronta, mandei na hora para algumas pessoas que adoraram a ideia do reconto do clássico Branca de Neve.

Sabe, uma história não nasce livro. Nasce só história, talvez embrião de livro, talvez nem isso. Deixei o arquivo aqui. Virou um arquivo de word em uma pasta atrevidamente chamada: “Livros”. Ficou lá dentro, junto de outras tantas histórias, guardada.

Mas Branca me incomodava. Latejava. Ela queria ganhar o mundo. Contar sua história a outras pessoas. Falar um pouco da sua alergia alimentar, da solidariedade que experimentou e também de igualdade de gênero. Mandei o texto para algumas editoras. Mas o ano não era o ano bom, nenhuma me respondeu até hoje.

Em janeiro de 2017, mostrei a história para Adriana Nunes que propôs coordenar a publicação independente pelo “C de Coisas” (http://cdecoisas.com.br/site/). Perfeito! Topei. Em seguida combinamos com a revisora e ilustradora. Um livro todo feito por mulheres.

A revisora, Ana Cristina Pontes Nóbrega, além de ótima tecnicamente, minha melhor cunhada. Invejosos dirão que só tenho uma, mas como só dava para ter uma, Deus mandou uma muito boa mesmo.

A ilustradora, Juliana Verlangieri, uma explosão de criatividade e talento. Logo nos primeiros rascunhos tive certeza que tudo ficaria incrível.

A Adriana Nunes, coordenando tudo, com muito entusiasmo.

Então o livro já era um feto, eu sentia seus movimentos. Agora parte dele gerado por outras mulheres incríveis. Alguns palpites na história, outros nas ilustrações e no projeto gráfico e de janeiro para cá foi tomando forma. E uma forma incrível.
Sim, amigos, estou grávida de “A Branca de Leite”.

Agora ele, o livro, ela “A Branca de Leite” pode nascer a qualquer momento...em breve...logo...em um lindo parto natural com essa especial equipe humanizada!

Feito grávida mostra ecografia, taí uma mostrinha da Branca! 



sábado, 13 de maio de 2017

Samuel faz 4 anos

 Foi há 4 anos.

Já tava na hora.
A barriga pesava. 
Buscamos Bh e Lele na escola, queríamos que eles tivessem essa lembrança daquele dia.

Por volta de 16h ele chegou. 
Eu não ouvi seu choro. Quase me desespero. 
Minutos depois ele tava no meu "suvaquinho", mamando. 

Há cada filho uma nova mãe nasce.
Há quatro anos nascia a mãe do Samuel.
Esse sapo dos cabelo de milho. 
Liquidificador em pleno funcionamento e sem tampa.
O Kbitinho do Bubu e o Sassá da Dedê.

Há quatro anos! 
Há quatro anos tem ainda mais amor nessa casa. 

Obrigada, filho! Feliz aniversário!

sábado, 29 de abril de 2017

O dia em que nasci escritora




Desde pequena me atraíam as letras. Quando eu lia um livro ou assistia um filme, invejava quem teve capacidade de pensar uma história completa. A escritora que tinha nas mãos o poder de inventar mundos, relacionamentos, aventuras. A capacidade de levar o leitor onde quiser. Chorar, sorrir e até gritar. Uma poesia minha foi selecionada para o livro da escola quando eu era da 2ª série!

Aí eu cresci. Cresci e meus sonhos ficaram para trás. Como se não coubessem mais em mim, uma roupa apertada e curta. Mais que isso, esqueci de alguns completamente. Descobri que, na verdade, eles não ficaram para trás, só migraram da ilha principal para ilha do sono e um dia um despertador enorme e barulhento tocou e acordou a todos. E agora? O que eu faria com cada um deles? Uns descartei, eram realmente sem sentido. Outros voltei a cultivar. Desse cultivo, nasceu o blogue.

Não tive/tenho disciplina para escrever com regularidade. Passei meses e até ano com o blogue sem postagens. O que fazer para seguir escrevendo com prazer? Abrindo mão de faxinar a casa, de ficar navegando na internet à deriva para me dedicar a escrita? Escrevendo para alguém, já que não tenho disciplina, responsabilidade sei cumprir, prazo então, nem se fala! Propus a um grupo local escrever o seu site. Não deu muito certo, não era a pegada do grupo. Aí surgiu a oportunidade de escrever quinzenalmente para o Geração Mãe sobre temas diversos e, especialmente, cultura voltada para o universo infantil. Bingo! Já há um ano no ar! Os meus textos não têm recordes de acesso, mas tem baixíssima rejeição, o que é muito bom.

Além dos textos do blogue, começaram a surgir histórias na minha cabeça. A primeira que formatei como um livro nasceu de uma tarde chata e entediante de domingo. Escrevi, formatei com espaço para ilustrar, paginei, mandei imprimir e gritei:

-Lele, tem um “negócio” pra você na impressora! – ela amou! Ilustrou e foi muito legal!

Depois dessa delícia de experiência, comecei a mostrar o livro que fiz pra Lelê para várias amigas do ramo. Fiquei bolada, todos gostaram. Não levei nenhum comentário a sério, afinal, eram amigas. A tal lente do amor põe beleza em tudo. Mas também não desanimei e mostrei meus textos a um editor. Ele topou publicar uma história da Maria Elisa que reescrevi: “Júlio, um dinossauro muito especial”. Assinei o contrato e esqueci, parece que o tal sonho voltou para tal ilha.

Passados 6 meses da assinatura do contrato, recebi um e-mail com o arquivo do livro. Caraca! E a coragem de abrir? E se o livro estivesse uma bela porcaria? Sim, eu muitas vezes me boicoto. Até que um dia decidi abrir e foi uma grata surpresa. Gostei muito do resultado. Pronto, agora era cuidar na organização do lançamento. Data e local marcados, coração na mão.

A ansiedade me consumiu na véspera e no dia. Minha cria seria parida e seria exposta às pessoas. Como seria? O que diriam? A minha amiga Gina Karla me maquiou e penteou. Nem gosto dessas coisas, mas aceitei e foi bom demais! Fundamental para me acalmar.


Saindo da Gina, olhei para o céu e cara de chuva, o shopping era aberto, e agora? Como Deus é bom, a Elisabeth Mota, responsável pelo lançamento junto à livraria, mandou uma mensagem:
- Não se preocupe com a chuva, tenho um plano B, fique tranquila! – que carinho! Nunca vou esquecer!

Frio na barriga. Sentei na cadeira e só levantei depois de 105 livros assinados, muitos abraços e muito carinho de amigos e pessoas que nunca vi. 2h20 sentada e feliz! Foi um dia memorável!  Hoje, 10 meses depois, já são mais de 700 exemplares vendidos e muita alegria espalhada com as cores do Júlio. Uma pequena observação, depois do terceiro autógrafo, Lele abandonou a mesa e foi brincar, claro! 


E foi assim, no dia 04 de junho de 2016, eu nasci como escritora.

E você? Já leu o "Júlio, um dinossauro muito especial" publicado pela Franco Editora? Não? corre lá.
O segundinho? Já tá no forno e já já tem mais lançamento!

segunda-feira, 27 de março de 2017

Livros com finais não tão felizes

Em várias conversas com amigas sobre literatura infantil surge o tema do “politicamente correto” e “finais felizes”.

- Chris, esse livro é racista, aquele é homofóbico, esse tem o final muito triste, aquele tem violência... – e por aí vai!

Sempre respondo a mesma coisa, e as respostas são perguntas:

- A intenção é fazer leitura mediada ou dar para criança ler sozinha?
- Após a leitura, há um bate-papo sobre a história ou vocês simplesmente devolvem o livro para a estante? - se essa é a opção, escolha muito bem os livros.

O ideal é ler junto com a criança e conversar depois sobre a história. Aproveitar para ensinar uma análise crítica, mostrar que nem sempre os livros estão certos, muito menos seus personagens. E quanto aos finais felizes, pasmem, na vida é assim, não há somente finais felizes. Vamos falar de livros assim?

Meu favorito: “Primeira Palavra” de Tino Freitas e Elvira Vigna, publicado pela Abacatte. O livro conta a história de uma criança de rua de 06 anos, analfabeta e que ama visitar um sebo de livros. Choca, né?! Foi a minha chance de dizer:

-Filhos, há crianças sem acesso à escola, abandonas nas ruas, sozinhas. Seria muito bom se todos tivéssemos escola, uma casa, uma família, não é? – e através dele meus filhos conheceram uma realidade muito diferente da deles e, partindo disso, desenvolver empatia por problemas que não os atinge tão diretamente.

No mesmo rumo, tem o maravilhoso “Papo de Sapato” de Pedro Bandeira e ilustrado por Ziraldo, editado pela Melhoramentos. Uau! Que dupla, hein? O livro conta a história de sapatos velhos que se encontram no lixão e que dividem as histórias maravilhosas de suas vidas. Com um final surpreendente, também muito adequado para falar de justiça social.

Da mesma coleção da Melhoramentos, indico “Ponto de vista” da maravilhosa Ana Maria Machado e também ilustrado pelo Ziraldo. Um livro incrível! Onde duas crianças vivem na mesma cidade, mas com realidades muito diferentes e tudo muda com o ponto de vista desses amigos mudam e tomam a mesma direção.

Tem também os que falam de morte, muito úteis, já que como disse Ariano Suassuna, é a inevitável, mais dia menos dia eles enfrentarão essa situação. “O avô de Arthurzinho tocava Moedroca” de Marcus Arthur editado pela Edebe e o “Menina Nina, duas razões para não chorar” do Ziraldo (olha ele aí de novo!).

Tem também o “Lino” de André Neves, da Editora Callis, que chegou aqui naquele projeto de um certo banco. O livro fala da separação, também inevitável. Quem nunca teve um amigo que se mudou de bairro, de cidade ou que seguiu outros rumos na vida? Esse livro é lindo! Daqueles de chorar. Não privem seus filhos dessas emoções tão lindas! Chorem juntos, se emocionem, se abracem, aproveitem e fortaleçam os vínculos.

Ah! Peraí! Tem também o da vingativa Toupeira que queria saber quem fez cocô na cabeça dela, já falei dele por aqui! (http://www.geracaomae.com.br/literatura-infantil/dicas-literarias-da-chris-da-pequena-toupeira-que-queria-saber-quem-tinha-feito-coco-na-cabeca-dela-e-‘o-pum) e ainda as histórias clássicas das princesas repletas de vaidades e machismo! Os contos originais de Charles Perrault e dos Irmãos Grimm são quase histórias de terror e um prato cheio para falar de tantas coisas que precisam ser apresentadas aos nossos filhos.

Impossível não falar do tão polêmico Monteiro Lobato, dito racista e com a Emília tão desaforada e grosseira? Adoro! Aproveito para falar da escravidão, do racismo, da estrutura da sociedade brasileira, empatia.

Finalizando, deixo para vocês uma frase do livro “A condenação da Emília, o politicamente correto na literatura infantil” do Ilan Brenman (o cara dos puns das princesas, lembram?) que diz “O politicamente correto, por mais paradoxal que pareça, é irmão da intolerância, primo da violência e sobrinho da burrice.”


terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

O dia em que papai faz 80 anos


O dia em que papai faz 80 anos


 
Outro dia lendo um livro, “Besame Mucho” do pediatra espanhol Carlos Gonzalez, li o epílogo intitulado “O dia mais feliz” onde ele narra que seu dia mais feliz foi no colo de sua mãe, remetendo-se à maravilha do amor dos pais e à importância de amar seus filhos. E fiquei pensando nisso, qual teria sido meu dia mais feliz? Foram tantos que nem sei dizer...e sem dúvida muitos deles meus pais fizeram parte.

 
Lembrei como papai cantava ao chegar na escola para me buscar, dançando com as pernas tortas e arrancando risadas das minhas colegas cantando: “meu amor, meu cheiro minha cumbuca de tempero”.  Lembrei dos nossos passeios onde a Brasília amarela ia cheia com os 5 filhos e vários amigos e primos! Quem não lembra da pizzaria depois da missa de domingo ou do clube no sábado de manhã? As festas na maçonaria e a visitas às chácaras dos amigos? Íamos no carro cantando músicas que depois cantei para os meus filhos e canto até hoje.

O rei dos apelidos! Armaria! E cada um mais diferente que o outro. Apelida a todos os nossos amigos e primos.

Sem dúvida o maior entusiasta dos filhos e netos. Acredita em cada um de nós como ninguém. Celebra a cada conquista, vibra se orgulha. Quem nunca ouviu papai contar os nossos feitos com tom de feito épico? E assim aprendemos com o senhor que as qualidades são mais importantes que os defeitos. 

Por falar em defeito, não, papai não é nada perfeito. Até hoje emburra, fica nervoso, arranha a garganta para nos chamar atenção. Quer a comida pronta na hora que lhe bate a fome, encuca com uma roupa e só quer aquela, espalha o jornal pela casa toda, solta as galinhas toda vez que vai lá em casa e implica com os cachorros. E sem contar quando quer a atenção só para ele. Parece menino birrento.

 

Hoje, 21 de fevereiro de 2017, pensando nos 80 anos do meu pai, vi que o que de mais bonito construiu ao longo desses anos foi uma família, não foi uma família perfeita. Mas sem dúvida uma boa família! Decididamente uma ótima família com 05 filhos, 11 netos, 02 bisnetos e mais 02 a caminho e eu a caçula desse quinteto. A maioria botafoguense, uma minoria, prefiro nem comentar...

A gente briga, a gente erra, mas a gente se ama. A gente permanece junto. A gente perdoa. A gente se ajuda. A gente ama. E muito.

Pensando em tudo isso tenho minha resposta da pergunta lá de cima. Ao ver nossa família comemorando seus 80 anos, sei que Deus ouviu e ouve o senhor a cada vez que o senhor nos diz aquilo que hoje tá tatuado no braço de 04 dos seus netos e que é o que agora lhe desejo:

- Deus lhe dê felicidade!
https://youtu.be/hnBbO5bZZIA